ANAIS :: ENAMA 2014
Resumo: 211-1


Poster (Painel)
211-1EFICIÊNCIA SIMBIÓTICA DE RIZÓBIOS ISOLADOS DE ÁREAS DE MINERAÇÃO DE CARVÃO EM Vicia sativa
Autores:González, A. (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Londoño, D.M.M. (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Binati, R.L. (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Inagaky, K.Y. (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; González, D. (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Radetski, M. (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Meyer, E. (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Stoffel, S.C.G. (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Armas, R.D. (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Giachini, A.J. (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Rossi, M.J. (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Soares, C.R.F.S. (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)

Resumo

O carvão mineral é o combustível fóssil mais abundante no planeta e tem grande importância na produção de energia elétrica em diversos países. As atividades de lavra a céu aberto no Sul de Santa Catarina foram desenvolvidas inadequadamente, impactando aproximadamente 6.700 ha. A revegetação é uma alternativa que auxilia no processo de recuperação destas áreas e as leguminosas têm papel fundamental na melhoria da fertilidade do solo. Em trabalhos preliminares realizados pela UFSC obtiveram-se 16 isolados de rizóbios autóctones da região carbonífera de SC com potencial simbiótico com leguminosas arbóreas destinadas à áreas de APP. Nesse contexto, surge a importância de testá-los quanto à sua efetividade na promoção de crescimento de leguminosas herbáceas. Assim, o objetivo deste trabalho foi selecionar, dentre os rizóbios autóctones, aqueles com maior potencial simbiótico para Vicia sativa (ervilhaca), a qual tem sido utilizada em programas de revegetação. Foram conduzidos ensaios em casa de vegetação em delineamento inteiramente casualizado contendo 17 tratamentos de inoculação (16 rizóbios autóctones + estirpe SEMIA 384 recomendada pelo MAPA), além de dois tratamentos controle sem inoculação (com e sem nitrogênio mineral), todos com três repetições. Após 60 dias as plantas que demonstraram capacidade nodulífera foram consideradas compatíveis com a ervilhaca. As plantas foram colhidas e determinado o número de nódulos (NN), massa seca de nódulos (MSN), produção de matéria seca da parte aérea e raízes (MSPA e MSR), além da quantificação do teor e acúmulo de N nas plantas. Dentre os isolados autóctones testados, apenas UFSC-M8 e UFSC-M9 foram compatíveis com a ervilhaca. A estirpe recomendada SEMIA 384 apresentou o dobro do NN em relação aos rizóbios autóctones, enquanto a MSN não apresentou diferença significativa entre estes tratamentos. O isolado UFSC-M8 destacou-se quanto ao favorecimento no crescimento da ervilhaca, apresentando valores semelhantes aos tratamentos SEMIA 384 e controle com nitrogênio. A inoculação do isolado UFSC-M8 proporcionou incrementos médios de 108 e 75% sobre os teores e acúmulo de N na parte aérea das plantas, respectivamente, em relação aos tratamentos SEMIA 384 e controle com N. Os resultados evidenciam que a inoculação da ervilhaca com o isolado de rizóbio UFSC-M8 é uma alternativa promissora para testes de inoculação a campo visando a revegetação das áreas impactadas pela mineração de carvão existentes na região sul de SC.


Palavras-chave:  Áreas degradadas, Ervilhaca, Fixação biológica de nitrogênio, Leguminosas forrageiras, Revegetação